quarta-feira, 7 de abril de 2010

Caminhar na fé...

Hoje, ao me encaminhar, mais uma vez, para ora exílio imposto por pessoas atreladas ao poder e as trevas, refleti sobre uma fala de uma pessoa muito querida a mim sobre a fé.
O que é ter fé? Preste atenção no verbo, estar de posse da fé, senão acreditar que algo ou alguma coisa ainda não factível venha a tornar-se e vislumbrá-la no agora, mesmo não a tendo. Tal pensamento não é meu e sim de Santo Agostinho: “Fé é acreditar no que você não vê; a recompensa da fé é ver o que você acredita”.
E ao reportar ao texto bíblico, verifica-se que Jesus Cristo disse que bastaría ter a fé de um grão de mostarda para dizer às montanhas: “Transporte-se daqui e planta-se no mar” ou algo parecido, logicamente que a fé é capaz disso, mas a montanha permanece lá.
A fé capacita a mim e a você de subir e descer da montanha ou pelo menos dar a volta ao redor, mas ela permanece lá, num sentido pedagógico para vida.
A fé ajuda a continuar a caminhada e transpondo as montanhas encontradas no percurso e faz ver que eu veja, ainda que no peregrinar não contemple o cume da montanha, a planície tão almejada.
Podem vir os furacões, tornados, enchentes, maremotos, etc. e com certeza balanço, pois sou ser humano, cheio de temor, mas a coluna mestra não é abalada, a fim de poder construir novamente aquilo que aparentemente foi destruído, pois, infelizmente, vive-se de aparência.
A fé também está imbuída em poder “duvidar” de Deus e este compreende o sentimento de “dúvida”, pois está no processo humano, porém na dúvida mesclada com o medo, continua-se a caminhar, a dúvida não é o motivo para parar, pois caso fosse aí sim, não haveria motivo da fé no Cristo Ressuscitado, afinal de contas o túmulo está vazio!
Com o Cristo fomos sepultados e com Ele ressurgimos à vida nova, caso contrário, a fé é vã! Pois bem, acredito em Deus, pois Ele como Pai sabe o que é melhor para seu filho, mesmo que no momento não se tem claramente o ensinamento a ser repassado, apesar de deduzir o fundo disso.