terça-feira, 25 de março de 2014

25 DE MARÇO


25 de março é uma data que me faz pensar numa Princesa, que gerou um Rei e muitas, muitas crônicas, porque é simplesmente 25 de março.


25 de março, faz-me lembrar de suas ruas com e sem saídas. Rua largas, na maioria das vezes estreitas.



25 de março, reporta-me as escadarias iluminadas, imponentes, mas, também aquelas carentes de cuidados.



25 de março, faz-me lembrar da estação sempre quente, mas a estação de muitas partidas e chegadas.



25 de março, reporta-me aos passarinhos que festejam mais um dia lindo que chega - dias quentes, diga-se de passagem.



25 de março, dia de gente simples do interior, e do interior das pessoas que moram no interior e no exterior dessa alteza.



25 de março, faz-me pensar das pessoas que lutam contra o mal e o bem, mas o bem sempre vence o mal, mesmo com dificuldades, mas sempre vencerá, pode ter certeza disso.



25 de março, o dia, dedicado aos cachos de água, que descem perpetuamente sobre as pedras e que cortam o meu coração cheios de saudades e que um dia irei juntar suas águas dentro de mim.


Poderia, dizer que, hoje, 25 de março, é Natal antecipado, Natal do meu e seu Cachoeiro de 

Itapemirim.


Bom dia e seja feliz, pelo menos tente ser feliz!

domingo, 16 de março de 2014

CAMINHAR E CORRER...


Hoje, na luta tremenda de acordar, uma indecisão infinda, mas tive a decisão de ir caminhar. Sim, caminhar no último dia do ano civil de 2013. Portanto, calcei o tênis, bermuda, camisa, contemplando o silêncio da manhã que aos poucos se aproximava e com suas cores ia pintar o último dia de 2013.

Fui caminhar, e logo, fui saudado pelo céu azul, azul, azul, anil, anil e anil (somente para demonstrar ou tentar demonstrar a profundida do céu), e as saudações da manhã não pararam, o majestoso Rio Itapemirim, seguia seu curso para o mar e, eu, seguia o curso contrário do rio, admirando e sentindo o frescor do vento (sim, frescor do vento em Cachoeiro de Itapemirim, lógico, ainda de manhã), e ver a beleza que é acordar, após terminada a indecisão, e caminhar...

A cada passo um olhar, um som, uma imagem - apesar de serem as mesmas paisagens, mas é o último dia de 2013, um tom de saudosismo no ar... 2013 entra para história, e com ele o nosso caminhar, nossos passos, nossos sorrisos, nossas lágrimas e tantos outros sentimentos... 2013... caminhar é preciso.

Mais adiante fui lembrando que era seis da manhã, pois os campanários da Consolação de Cachoeiro de Itapemirim, alertaram-me seis horas da manhã... e o passo contínuo, fazendo a volta, agora, para acompanhar o curso do belo Rio Itapemirim. Rio que ainda irá juntar as mágoas de tantas pessoas para serem levadas ao longe, ao mar, ao ar... E a caminhada continua...

De repente um pique, sim, pois, às vezes, correr é preciso, correr... depois caminhar, correr e caminhar, uma boa dica para o ano que se inicia. 

Enquanto a corrida era interrompida o calor veio, o suor veio e o sol veio a brindar o dezembro que insiste despedir, no ano que se vai, e as novas ideias que vem, e a caminhada continua.

Novamente, as surpresas do caminhar, um bom dia aqui, um sorriso ali, e o Rio continua com sua voz perene, o perene caminhar ao mar e nós no nosso perene caminhar... 2014... 2015... 2016... até quando Deus! Sim, até quando Deus determinar.

Bom dia e seja feliz!

NOITES


Noite em nossas vidas

Após a noite, sempre vem o dia

Dia que expulsa a noite

Mas que sempre a persegue

E a noite que expulsa o dia

Mas que sempre o persegue

Assim como nós, sempre perseguindo algo e expulsando outros algos...

Seja feliz!

DIAS E NOITES


Mais uma vez o dia amanhece. Eis que a noite vai ao longe. E o dia continua em sua perene trajetória de um dia encontrar a noite. Será que encontrará? Não sei!

O que sei é que como em minha cidade o sol escondeu sua plena forma (forma quente) por detrás das nuvens, para depois explodir com seus raios quentes a nossa pele, a nossa visão e, assim, todo nosso ser.

Assim como a vida, amanhece escondida, mas aos poucos vai explodindo em cores e amores. Amor pela amizade, pela família, pelo cantar dos pássaros, pelo bom dia tímido dado, pelo telefonema não dado e pelos dados, enfim... A vida explode em pequenas e grandes atitudes.

Mais uma vez o dia amanhece.

Desejo a você um dia quente, assim como em minha cidade! Um dia intenso, com grandes e grandes alegrias e pequenas e pequeníssimas decepções (infelizmente, elas existem, não podemos evitá-las).

LINS, Gustavo. Cachoeiro de Itapemirim (ES), 2013/11/11

PARTIDAS...



É interessante observar o momento da partida.

A conversa que precisa ser interrompida quando está no seu clímax, pois é chegado o momento simples de partir...

A própria palavra partir traz em si um tom pesado, é preciso desatar os nós que prendiam a conversa, o convívio, é necessário, pois o momento de ir chega sem aguardar a conclusão disso ou daquilo.

E quando se pensa que a conversa foi concluída, parte-se para o abraço que deseja eternizar aquele momento, como lembrança, como um aconchego para quem fica e, também para que vai.

A partida é necessária para alargar os horizontes, os belos horizontes, mas sempre fica o gostinho nostálgico do permanecer, mas é chegado o momento de partir e carregar consigo as histórias, experiências de vida, cada sorriso, cada conversa, cada relacionamento que seguem gravados em nosso memória.

A partida vale a pena, quando há o reencontro. Ah! O reencontro. Que festa! Alegria! Êxtase! 

Aí sim, valeu a pena o partir, mas mais ainda o regressar. Um regressar momentâneo, pois o momento de partir chegará e aí, caberá o rito de lembrar do que foi bom e continuar a história de nossas vidas, com a expectativa do reencontrar eterno.

Pense nisso e seja feliz!

RECRÔNICA DO BRAGA


Ao ler uma crônica de Rubem Braga, sobre o córrego do Amarelo, em que constatou sobre a morte do córrego (se é que já não morreu, pois não vou àquelas bandas), e, consequentemente, rios, nascedouros estão definhando, pensei que como os seres humanos estão no mesmo caminho.

E uns ignorantes poderão perguntar: 

- Ora, Sr. Lins, as pessoas morrem e isso é normal! 

- Sim, eu sei que é normal as pessoas morrerem. E, olhe, que hoje, as pessoas não morrem por questões de doenças somente, mas morrem de tiro (assassinato, homicídio, suicídio etc) não quero aqui detalhar os mais diversos tipos de morte moderna, não! Detalho como as pessoas morrem e estando vivas! Mortos vivos!

Hoje, as pessoas morrem antes mesmo dos órgãos vitais pararem de pulsar.

As pessoas morrem quando não sorriem, quando não dão um bom dia ou se admiram com a chuva que cai, com o frio que sentem (e isso em Cachoeiro de Itapemirim é um privilégio!). 

As pessoas morrem quando deixam de serem próximas das outras e se fecham no ataúde da solidão, acho ser um protecionismo falso, pois a proteção verdadeira proteção se dá com o sorriso do próximo, a conversa sobra fatos do dia: as manchetes do jornal, o capítulo da novela, o bolo que ficou uma delícia, os acontecimentos da rua, do bairro, da cidade, enfim...

As pessoas estão morrendo sim, mas não é de morte natural, é de outra morte, a mais dolorida é a morte da educação, do ser solidário e é uma morte que a própria pessoa vai se vendo descer à sepultura e com seu consentimento.

Quero morrer sim, mas daquela em o doutor assina a Certidão de Óbito, mas não um obituário assinado por mim. E você quer morrer de quê?

DIA INTERNACIONAL DA AMIZADE



Quereria escrever coisas ainda não ditas sobre a amizade, mas não teria palavras acertadas para descrever um presente, uma dádiva tão linda criada por Deus - o amigo.

Tenho poucos amigos, e graças a Deus por isso, pois se tivesse muitos, teria um grande número de colegas, mas amigos não.

Amigo é cúmplice que corrige e acolhe.

Amigo é o irmão que podemos escolher. 

Amigo é uma poesia escrita a cada dia, a cada momento, a cada segundo.

Ah! A palavra amigo para mim já é um oração, um acalento.

Obrigado Deus pelo anjo que deste a cada ser humano - amigo.

O DES(GOSTO) DE VIAJAR


Sinceramente, não gosto de viajar. Não gosto de sair das minhas coisas, do meu mundo, para estar em outro ambiente, no qual somente sou mais um número entre tantos que compõem cidades.

No entanto, apesar de não gostar viajar, percebo quão necessário é a viagem interna e externamente; e como essa viagem dupla é importante para forjar o homem no século XXI ou que qualquer época.

Agradeço a conversa, passeio e sorrisos com os amigos de Patos de Minas, pena que foi tão rápido a nossa viagem intelectual, mas fica o gosto do construir e aprofundar essa amizade.

Tal agradecimento deixo para minha amiga de Aracaju, bem como a bárbara Bárbara, pelas andanças no solo do queijo, no solo poético, no qual por conta das Letras nos livros são possíveis, nova vida é possível.

Mas, apesar de não gostar de viajar, fica o gosto de querer ficar, mas é preciso partir e repartir e descobrir novos e belos horizontes.

SAUDADES DE PATOS DE MINAS

Saudades dos patos que as minas tem ou tinha...


Saudades das letras patenses desenhadas em palavras robustas...


Saudades das minas de Minas, dos odores de Minas, tão minhas...


Saudades de ti.

ABRAÇOS


Dizem que hoje é o dia do abraço ou dos abraços, portanto desejo a você o abraço que acolhe e envolve. Desejo o abraço que fala, mas sem dizer. Desejo o abraço que derrete, sem derreter. Desejo o abraço com poder transformador, que transforma a dor e odor de amor. Desejo o abraço que leva à prosa e a rosa. Feliz dia do abraço ou dos abraços.

MARATAÍZES



Marataízes, quase me mata com essas raízes,

que me matam de saudades do seu mar, do seu ar.

Marataízes, morena poderia ser seu outro nome, no entanto,

deixa estar com esse nome, pois suas águas correm para o mar,

e assim levam consigo minhas dores e tristezas e trazem a alegria

Que me mantém vivo, para novamente dizer:

Marataízes!

PERDOAR

Perder...

Doar...

No ar...

Ah...

Deixar lá.

No ar e

Amar.

CAMINHO DIFERENTE


É necessário fazer o caminho diferente. Voltar por um outro caminho.

Porque o caminho percorrido nos conhece, então é sempre bom e desafiante engendrar novas trilhas: amor, trabalho, convivência, acordar, dormir e o caminhar.

Quando nos deparamos com o diferente há uma iluminação interior que nos impele a fazer os atos cotidianos diferentes.

Ah! Mas não posso mudar meu cotidiano. Muitos irão afirmar.

Tudo bem! Mas uma pitada de amor, uma pitada de sorriso nos lábios já é um caminho diferente.

E quando menos perceber fará aquilo que é monótono ser a novidade dinâmica.

Seja feliz!