segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Essa luz só pode ser Jesus...

Essa luz só pode ser Jesus...
Luzes de Natal? Qual o motivo para existirem?

O mistério do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo é rico em símbolos: presépio, anjos, anunciação e tantos outros símbolos que falam da vinda do Salvador para o meio do Povo de Deus, mas e as luzes que piscam aos nossos olhos nos dias que antecedem o Natal e dias após o Natal? A Solenidade do Natal é conhecida como a Festa da Luz.

Na Palavra de Deus encontra-se a menção à Luz: “Deus disse: “Faça-se a luz!” E a luz foi feita. Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. Deus chamou à luz dia e às trevas noite. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o primeiro dia.” (conforme Gn 1, 3-5) Deus é luz e por ser luz, desta emana a verdade. Deus é aquele que afasta as trevas e clareia os caminhos, a fim de que todos os homens e mulheres andem sobre a luz e não caiam no erro, ou seja, já no início da criação Deus assim fez a luz.

No entanto, a humanidade, preferiu as trevas à luz, como é visto na passagem sobre Adão e Eva, foram criados à liberdade em Deus, porém preferiram igualaram-se a suma bondade do Criador e devido a desobediência caíram nas trevas do erro.

A passagem bíblica remonta a busca incessante do homem e da mulher pela paz e a luz emanada por Deus, pois fomos feitos no amor e para este é a nossa vocação, assim como nos ensina Santo Agostinho: “Fizeste-nos Senhor para vós e o nosso coração está inquieto, enquanto não repousar em Vós” e, assim encontrava-se a humanidade.

Ao verificar a humanidade no erro e perceber os altos e baixos do Povo de Deus, Ele manda o Filho, a própria luz para iluminar a realidade humana, e essa Luz novamente, nos é ofertada neste Natal. A verdadeira Luz nos é ofertada. Sim, verdadeira luz!

Hoje, a sociedade moderna oferta outros tipos de luzes: televisão, computadores, carros, celulares, tablet’s e tantas outras luzes passageiras e deixam no coração do homem o vazio, pois as festas de fim de ano passam e os dias continuam com suas alegrias e tristezas, cabe a cada pessoa decidir: Qual luz quero para minha vida?

As luzes do Natal vistas em belas árvores, vitrines, presépios, casas, etc. Não podem ofuscar a Luz que é Jesus Cristo. Feliz e Santo Natal a todos!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Ser humano em construção

Você já deve ter visto em várias obras, quer seja na cidade ou estrada, com a seguinte mensagem: em construção; cuidado! Devagar, trecho em construção; homens na pista, devagar! Enfim toda construção necessita de cuidados: planejamento, dinheiro, material, pedreiros, carpinteiros e tantos outros profissionais para que quando a obra ficar pronta, você possa olhar e orgulhar-se (um bom orgulho) naquilo em que foi construído, caso contrário, a frustração virá em forma de amargura e de tempo perdido e, dinheiro também.

Pois bem, o ser humano também é uma grande construção que a cada dia agrega no seu ser materiais para construir uma pessoa de boa vontade, num trecho do livro “Carta entre Amigos – sobre ganhar e perder”, Gabriel Chalita, sabiamente escreve que “uma pessoa de boa vontade vai sendo construída aos poucos”, tal como um canteiro de obras é o ser humano.

Qual material você tem investido na sua principal obra, ou seja, na sua construção como ser humano? Amigos que possam agregar valores bons em seu coração, a fim de poder avançar na fundação de sua Casa da Boa Vontade; Na sua família que deve ser o cimento forte na sua batalha diária pelo sustento material e, também, espiritual; No seu trabalho, que deve ser uma experiência profissional, mas também espiritual com seus colegas... Em cada aspecto de nossa vida vamos construindo a Casa da Boa Vontade (leia-se eu, você e cada ser humano)

A construção leva tempo, mas existem os apressadinhos, que querem terminar logo a construir, e vão empregando no seu quintal de obras muitos materiais desordenados, às vezes materiais inutilizáveis, somente para fazer volume e peso, na arte de construir e vão se perdendo no caminho de findar sua obra de forma ordeira. Não quero dizer que se você adquire os materiais corretos você não terá problemas em suas obras, de jeito algum, infeliz daquele construtor que não encontrou no seu terreno uma pedra a ser estourada, uma nascente a ser desviada, etc. As dificuldades existem para nos fazermos olhar para o lado e pedir aos homens na pista, pedreiros a nos ajudarem a construir a obra. A obra da Boa vontade!

E você? Tem pedido ajuda? E a ajuda certa, especializada? Ou tem pedido qualquer ajuda ao primeiro que passa na rua. O ser humano é uma linda construção, mas que a cada dia necessita de cuidados...

terça-feira, 1 de março de 2011

"Viva nossa amizade"

Falar ou escrever sobre Frei João Echávarri é uma tarefa muito fácil e simples, porque ele durante sua vida entre nós foi simples por demais. Não possuía bens em seu nome, pois como um bom Agostiniano Recoleto, tudo que recebia era da comunidade religiosa ou da comunidade a qual prestava seu serviço ministerial.
Nascido na Espanha, em Zabal – Navarra. Veio muito novo para o Brasil, devido forte perseguição que a Igreja sofreu naquele país, devido a guerra civil, caso permanecesse teria sido morto como seus confrades em Motril, posteriormente beatificados pelo Papa João Paulo II, sendo conhecidos como os Mártires de Motril.

Quando chegou às terras tupiniquins aportou na Bahia, permaneceu poucos anos naquele Estado, pois algo o chamava para as terras capixabas. Chegou ao Espírito Santo no final da década de 40 e, logo, aprendeu que o verdadeiro missionário é aquele que além de renunciar pais, amigos e terra, deve, também, renunciar um pouco de sua cultura e estar aberto ao novo – a nova cultura.

Com certeza foi um aprendizado forte para aquele que tinha suas veias o sangue quente espanhol, mas mesclou em sua cultura espanhola, a italiana, a portuguesa, e porque não, a brasileira.

Sabia dizer não, brincando! Sabia dar ensinamentos profundos, brincando! Sabia fazer amizades, brincando! Afinal de contas, a vida é uma grande brincadeira. E, creio, somente vence na vida quem sabe brincar o jogo da vida. E nesse jogo não há vencedores ou perdedores, pois é uma brincadeira. Há sim, “aprendedores” – neologismo para falar de Frei João – aprendemos muito com esse religioso e sacerdote.

Aqui no Espírito Santo fez grandes amizades. As amizades verdadeiras constroem pessoas e quantas construções esse religioso não fez? Construiu a Fazenda do Centro – região próxima a cidade de Castelo -, mas além dessa suntuosa construção, construiu pessoas e forjou homens novos para tempos novos, pois foi professor! Sim, Senhor e Senhora! Foi Religioso, Sacerdote e Professor! Professor de Técnicas Agrícolas e ensinou o cultivo da terra para saciar a fome do corpo e da alma.

E com essa técnica de construir amizades, também construiu muitas almas para Deus. Quantos batizados? Quantos Matrimônios? Quantas Primeiras Eucaristias? Quantas Confissões? Quantas Unções dos Enfermos? Quantas Eucaristias presididas e concelebradas? Quantas piadas? Quantos beliscões nas mãos e correadas? Muitas histórias, muitas saudades...

Frei João quando completou seus 90 anos de vida, deixou uma frase para história ao término de seus agradecimentos a Deus e a todos que se fizeram presentes no Santuário de Nossa Senhora da Consolação, ele pronunciou em alto e bom som: “E VIVA NOSSA AMIZADE!” Sim, frei, viva nossa amizade hoje e sempre, agora, junto de Deus!